quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Geopolítica - 3ª Série (Millenium)

O termo aparece pela primeira vez na obra do sueco Rudolf Kjéllen no início do século XX. Contudo, a geopolítica acadêmica aparece no século XIX, justificando as invasões e anexações territoriais no período do imperialismo e serviu de base para o expansionismo do Estado alemão, da sua unificação (1871) à Segunda Guerra.
Hoje a geopolítica é a ciência da estratégia. Nós a estudaremos, apenas mostrando o espaço geográfico sendo utilizado como forma de intervenção política. Não se pode compreender o espaço mundial sem fazer um estudo das relações de poder entre os Estados. Por isso, temos de procurar entender a geopolítica, ou seja, a forma pela quais os Estados fazem a sua política no plano geográfico ou espacial. É elemento de fundamental importância na geopolítica o poderio militar de cada país, bem como os planos e os estratagemas de cada Estado visando manter ou reforçar o seu poder, tanto na escala internacional como dentro de suas sociedades.
Um elemento importante para o estudo das relações de poder no plano mundial é o significado de grande potência. Uma grande potência mundial não é somente um país rico, mas principalmente um Estado poderoso, que impõe – pela diplomacia ou pela força, quando necessário – os seus interesses econômicos e políticos. É por isso que a ordem internacional (Ordem Mundial) de um período é o equilíbrio de forças entre as grandes potências mundiais, ou então no caso de existir somente uma, a forma como se dá a sua hegemonia. Tradicionalmente, a geopolítica nacional de cada Estado constitui o seu projeto de dominação interna e externa e, em especial, a sua aspiração de continuar sendo ou tornar-se uma potência regional (potência média) ou potência mundial (grande potência).
Até recentemente, considerava-se que, para ser uma grande potência, eram necessários, em primeiro lugar, um notável poderio militar e, em segundo lugar, um poderio econômico, normalmente considerado conseqüência do tamanho do território (recursos naturais) e da população (força de trabalho e também soldados). É por isso que grande parte das guerras que ocorreram na história da humanidade foi originada por disputas territoriais, por conquistas de áreas (e povos) por parte de um Estado em expansão.

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