domingo, 26 de janeiro de 2014

Protestos fortalecem democracia no Brasil, afirma fundação alemã

sab, 25/01/2014 - 16:34 - Atualizado em 25/01/2014 - 16:46

Especialistas da Fundação Bertelsmann veem avanços com as políticas sociais adotadas pelo governo e avaliam que as manifestações representam "um começo e uma oportunidade" para o aprofundamento da democracia.
Fortalecido pelos protestos do ano passado, o Brasil continua bem posicionado no Índice de Transformação Bertelsmann (BTI), que avalia a consolidação da democracia e da economia de mercado em países em desenvolvimento e é elaborado pela Fundação Bertelsmann, da Alemanha. O índice bianual é composto por três indicadores (transformação política, transformação econômica e qualidade de governança) e avaliou 129 países em desenvolvimento entre 2011 e 2013.
No indicador de transformação política, o Brasil ocupa a 18ª posição entre os 20 países do grupo Democracias em Consolidação, que inclui todas as nações com nota acima de 8 (10 é a maior nota possível, 0 é a menor), ou seja, as mais bem classificadas. A nota brasileira é 8,15. O primeiro país da lista é o Uruguai, com 9,95.
No segundo indicador, transformação econômica, o Brasil aparece no segundo grupo, intitulado Economias com Mercado Funcional, com nota 7,89 e ao lado de outros 14 países. O primeiro grupo é o das Economias com Mercado Desenvolvido e também inclui 15 países.
No terceiro indicador, o Brasil é o terceiro colocado no grupo Muito Bom, com nota 7.3, ao lado de mais sete países, entre eles o Chile e o Uruguai. "Isso não significa, porém, que os governos desses países foram excelentes em todas as áreas", afirma o relatório.
Protestos de junho
Apesar de classificar a política e a economia como "fortes", o estudo diz que o governo brasileiro não se destaca em todas as áreas por causa da desigualdade social. "Isso mostra que o país deve sempre reavaliar como a discussão política inclui os marginalizados e os mais pobres. E como as políticas públicas estão de fato funcionando", explica Hauke Hartmann, gerente de projetos sênior da Fundação Bertelsmann.

Índice de Transformação da Fundação Bertelsmann (BTI 2014) avaliou 129
 
Segundo Hartmann, a administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff aprofundou o diálogo com a sociedade civil, mas o desafio de saber lidar com conflitos ainda é grande, sobretudo tendo em vista grandes eventos, como a Copa do Mundo. "É preciso melhorar a governança porque as expectativas ainda não foram atendidas", afirma.
No relatório, o Brasil é classificado como um país-motor da América Latina. Hartmann atribui o resultado à reforma social promovida pelo Bolsa Família. "Foi muito positivo, mas esses programas sociais precisam ser constantemente avaliados para se saber se estão surtindo efeito. É necessário manter a vigilância."
O relatório também cita os protestos realizados durante a Copa das Confederações, afirmando que eles apresentaram novas demandas ao sistema político, "às quais a elite brasileira ainda precisa se ajustar". Os protestos, tanto no Brasil como Chile, representam "um começo e uma oportunidade" para o aprofundamento da democracia, afirma o relatório.
"Além das regiões Centro-Leste e Sudeste da Europa, a América Latina estabeleceu-se como a única região do BTI que amplamente adere aos princípios norteadores da democracia, constituídos sob o domínio da lei e de uma economia de mercado equipada com medidas sociopolíticas corretivas", afirma o relatório. Porém, a maioria dos países latino-americanos pouco avançou, nos últimos anos, no processo de consolidação da democracia e da economia de mercado, complementa o estudo.
Uruguai como exemplo
Desde 2006, apenas quatro países da América Latina têm tido seguidamente bons resultados no índice – Brasil, Uruguai, Bolívia e El Salvador. Segundo Hartmann, o Uruguai é um exemplo de consolidação da democracia por abrir possibilidades de diálogo sobre educação e segurança e, ao mesmo tempo, conseguir integrar diferentes setores da sociedade.
"O governo é muito pragmático ao integrar o crescimento econômico com a tentativa de redução das desigualdades sociais. É também muito criativo na criação de programas sociais", explica. "Mas ainda é necessário avançar. Se falarmos sobre a desigualdade social, o Uruguai ainda está no mesmo nível da África Subsaariana."
O Índice de Transformação da Fundação Bertelsmann é publicado a cada dois anos e está na sexta edição.
                                        Fonte: Jornal GGN

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

OIT: 202 milhões de pessoas estão sem emprego no mundo

seg, 20/01/2014 - 14:48 - Atualizado em 20/01/2014 - 15:30
Relatório divulgado hoje (20) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) revela que, em 2013, o número de desempregados no mundo aumentou 5 milhões. Com isso, o número de pessoas sem emprego é cerca de 202 milhões, o que representa uma taxa de desemprego mundial de 6%. Segundo o relatório Tendências Mundiais de Emprego 2014, a fraca recuperação da economia mundial não foi capaz de levar a uma melhora no mercado de trabalho.

No ano passado, a maior parte do aumento do desemprego mundial foi registrada nas regiões da Ásia Oriental e da Ásia Meridional que, juntas, representam 45% das pessoas em busca de emprego, seguidas da África Subsaariana e da Europa. Por outro lado, a América Latina contribuiu com menos de 50 mil desempregados para a cifra mundial do desemprego.

De acordo com a OIT, se a tendência atual se mantiver, o desemprego mundial continuará piorando e pode chegar a 215 milhões de pessoas em 2018. Nesse período, serão criados cerca de 40 milhões de novos empregos por ano, que representa um número menor do que os 42,6 milhões de pessoas que entram no mercado de trabalho anualmente.

O estudo destaca que a recuperação mundial do mercado laboral está sendo freada pelo déficit na demanda agregada. “Em muitas economias desenvolvidas, as drásticas reduções do gasto público e o aumento dos impostos sobre a renda e o consumo impõem uma carga pesada sobre as empresas privadas e as famílias”, disse a OIT.

“O que necessitamos com urgência é repensar as políticas. Devemos intensificar nossos esforços para acelerar a geração de empregos e apoiar as empresas que criam empregos”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

A duração do desemprego prolongou-se de maneira considerável, de acordo com a organização. Em países da zona do euro, como a Grécia e a Espanha, quem procura trabalho necessita do dobro do tempo – de 8 a 9 meses - para encontrar um emprego do que antes da crise financeira de 2008. Assim, “um número cada vez maior desses potenciais trabalhadores fica desalentado e sai da força de trabalho”, ressalta a OIT. Cerca de 23 milhões de pessoas abandonaram o mercado em 2013.

“Quando se estima que 23 milhões de pessoas abandonaram a busca de trabalho, é imperativo que sejam implantadas políticas ativas do mercado laboral com maior vigor para enfrentar a inatividade e o desajuste de qualificações”, assinalou o chefe da Unidade de Tendências do Emprego da OIT e principal autor do relatório, Ekkehard Ernst.

Segundo o estudo, o emprego informal continua alto e representa cerca de 48% do mercado de trabalho. Segundo a OIT, o ritmo de melhoria na qualidade do emprego está diminuindo, o que significa que um número menor de pessoas está saindo da pobreza. Em 2013, o número de trabalhadores em situação de extrema pobreza diminuiu apenas 2,7% em âmbito mundial, uma das taxas mais baixas da última década. São 375 milhões de trabalhadores vivendo com menos de US$ 1,25 dólar por dia.

O relatório acrescenta que uma mudança urgente rumo a políticas mais favoráveis para o emprego e a um aumento da renda derivada do trabalho impulsionariam o crescimento econômico e a criação de emprego. Além disso, para a OIT, é fundamental fortalecer a proteção social e a transição para o emprego formal.
(Jornal GGN)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

País desenvolvido - Atualidades

13 milhões vivem abaixo da linha da pobreza na Inglaterra

Sugerido por Antonio Carlos Silva
Da Carta Maior
Em 2011-2012, 128.697 pessoas recorreram a estes bancos. Em 2012-2013, a cifra quase triplicou: 346.992. Já há mais de 400 bancos de alimentos no país. 
Marcelo Justo 
Londres - É a sexta economia mundial, origem da revolução industrial, ex-império que dominou o mundo tem cerca de 13 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza. Com um duro plano de austeridade que está socavando lentamente o Estado de Bem estar, salários estagnados, explosão do emprego temporário e de meio-turno, muitos têm que recorrer aos bancos de alimentos das ONGs no Reino Unido.
Fundação Trussell Trust tem mais de 400 bancos de alimentos em todo o país. O impacto do programa de austeridade aplicado pela coalizão de conservadores e liberais democratas desde 2010 é claro. Em 2011-2012, 128.697 pessoas recorreram a estes bancos. Em 2012-2013, a cifra quase triplicou: 346.992. “Há muita gente que come uma vez ao dia ou tem que escolher entre comer e acionar a calefação em pleno inverno”, disse à Carta Maior o diretor da Trussel Trust Chris Mould.
Os especialistas medem a pobreza em termos absolutos (virtual incapacidade de sobrevivência) e relativos (em relação à renda média e às expectativas de uma época). Hoje em dia não ter uma geladeira é um indicador de pobreza; em 1913, data de invenção da geladeira doméstica, era um luxo. Segundo o Trussel Trust, um de cada cinco britânicos se encontram hoje em situação de pobreza relativa ou absoluta. “É fácil esquecer que se pode cair muito rápido nesta situação. Uma demissão, uma conta muito alta de eletricidade, uma redução dos benefícios sociais, um drama familiar e essas pessoas ficam sem nada”, explica Mould.

Esta pobreza se estende para além do desemprego. A atual taxa de desocupação de 7,7% (2,5 milhões de pessoas) encobre um panorama social complexo. Quase um milhão e meio de pessoas tem trabalhos de meio turno e com salários baixíssimos que geraram o movimento pelo chamado “living wage” (salário digno).

O percentual de subempregados (que desejariam trabalhar mais se pudessem) aumentou de 6,2% em 2008 para 9,9% hoje. “A maioria da ajuda estatal não vai para os desempregados, mas sim para pessoas que estão subempregadas ou têm salários muito baixos. Muitas vezes pela própria instabilidade destes trabalhos as pessoas entram e saem de situações de extrema necessidade”, diz Mould.

A esta pobreza de receita se somam outras formas no Reino Unido, como a chamada “pobreza energética” dificilmente visualizada na América Latina seja pela diferença climática ou porque ainda não foi conceitualizada. Este nível de pobreza afeta cerca de 3,4 milhões de pessoas (cerca de 6% da população) que tem que gastar mais de 10% de suas receitas para “manter um nível adequado de calefação” durante os cinco meses ou mais de duração do inverno britânico. Muitos não têm escolha e deixam a calefação desligada porque não podem pagar as contas.

Um caso particular

Uma britânica que não pode ligar a calefação no inverno é Geraldine Pool, de Salisbury, sudoeste da Inglaterra, diagnosticada com depressão, divorciada, com um filho e sem trabalho. A Carta Maior conversou com Pool, um caso típico do impacto devastador que a austeridade está tendo em muitas vidas. “Em 2011 perdi meu trabalho em uma biblioteca pública pelos cortes do governo. Desde então, busquei trabalho em administração, supermercados, seja o que for, mas é muito difícil para alguém com mais de 50 anos porque sempre preferem os mais jovens”, disse Pool.

O Estado paga a ela 61 libras semanais (99 dólares) a título de seguro desemprego e fornece assistência habitacional. “Não é suficiente. Se uso a calefação, as contas sobem para quase 300 libras semanais”. Neste momento não tenho água quente. Tenho que esquentar a água para me lavar”, explica Pool.

Pool tinha ouvido falar dos bancos de alimentos, mais foi por causa de sua médica do Sistema Nacional de Saúde que acabou indo a um. “Não queria recorrer a isso. Mas foi fundamental. Com os “vouchers” (vales) me deram latas de carne, peixe, massa, leite, açúcar. Umas seis semanas depois, no último Natal, tive um segundo pacote muito completo de alimentos”, assinalou à Carta Maior.
Os Bancos de Alimentos procuram trabalhar muito perto da comunidade e funcionam com as contribuições voluntárias da população e, em muito menor medida, de supermercados ou fazendeiros. “Cerca de 95% dos alimentos que temos vem das pessoas a quem pedimos que adquiram dois itens adicionais em um supermercado que sirvam para uma nutrição balanceada”, informa Mould.

Os bancos se conectam com figuras chave da comunidade em consultórios médicos, hospitais, serviços sociais, igrejas e, em alguns casos, da polícia que identificam as pessoas que podem necessitar estes vales para ter acesso a um pacote de alimentos. Em um caso raro de sensibilidade social, a polícia de Islington, no norte de Londres, não prendeu um jovem que havia tentado roubar pão e ovos de um mercado, após passar dias sem se alimentar direito. Quando a pessoa em questão, Adam, relatou seu drama o levaram ao banco de alimentos onde, segundo o testemunho dos próprios policiais, começou a chorar.

A Trussell Trust calcula que necessitará uns “200 ou 300 bancos de alimentos mais” para cobrir todo o Reino Unido, mas é consciente que, com toda sua boa vontade, funciona como um paliativo: necessário, muito útil, mas insuficiente. “Nós intervimos nestes momentos de emergência e se for necessário ampliamos nossa assistência. Mas o que é preciso é uma política social para o emprego, a habitação, salários dignos e estímulos ao crescimento. Devido a todos os cortes que ocorreram, estamos inundados de trabalho”, apontou Mould à Carta Maior.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Morre o ex-premiê israelense Ariel Sharon, 85, em coma desde 2006


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Trajetória de Ariel Sharon18 fotos

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O ex-primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, em foto de 1948, ano da criação do Estado de Israel. Sharon nasceu na Palestina, em 1928, e ainda jovem ingressou na organização militar clandestina judaica Haganá, lutando como comandante de pelotão na guerra árabe-israelense de 1948 a 1949. Nos anos 50, liderou uma equipe de forças especiais contra tropas do Egito. Em 1967, já general, durante a Guerra dos Seis Dias, comandou a divisão que conquistou Jerusalém Oriental, Cisjordânia e a Faixa de GazaAFP
O ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, 85, morreu neste sábado (11) de falência múltipla de órgãos, no hospital de Tel Hashomer, perto de Tel Aviv, confirmaram o governo israelense e a família de Sharon. A notícia tinha sido dada mais cedo pela Rádio Militar de Israel, citando familiares do líder.
Ele estava internado na unidade de saúde em coma desde 2006, quando teve um acidente vascular cerebral. 
Sharon participou da criação do Estado de Israel, em 1948, e teve vários postos nas Forças Armadas e em sucessivos governos do país. Por sua atuação no Exército e na política, foi acusado pela Justiça de seu país e por grupos de direitos humanos de ser responsável por diversos massacres de civis palestinos desde 1952.
Como primeiro-ministro, foi idealizador do muro que separa os territórios palestinos de cidades e assentamentos judeus e ordenou a retirada das colônias ilegais da faixa de Gaza.

Relembre a trajetória de Ariel Sharon

Sharon nasceu na região da Palestina em 1928, quando a região estava sob domínio britânico. Ele participou da milícia Haganá - que lutava pelo fim da autoridade inglesa na região - em 1942, quando tinha apenas 14 anos de idade.
Posteriormente foi comandante de brigadas do Exército de Israel durante a ofensiva das tropas árabes logo após a criação do país, em 1948.
Em 1952, ele se tornou líder da Unidade 101, responsável por ações militares de retaliação em territórios palestinos – muitas das quais criticadas por violações dos direitos humanos, tal como o Massacre de Qibya, no qual 69 palestinos morreram - mais da metade dos mortos eram mulheres e crianças.
Sharon ingressou na política em 1973, eleito para o parlamento israelense pelo partido de direita Likud. Ele renunciou em seguida para trabalhar como assessor de segurança nacional para o premiê Ytzhak Rabin.
Em 1977 foi reeleito. Em 1981, se tornou ministro da Defesa do governo de Menachem Begin. Como chefe da pasta, Sharon comandou a invasão do Líbano, em 1982, em represália aos ataques com mísseis lançados deste país por militantes da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), de Yasser Arafat (1929-2004).
À época, ele foi acusado de agir sem a autorização do primeiro-ministro. A ação no país vizinho expulsou a OLP do Líbano, mas deixou um saldo de centenas de civis palestinos mortos, grande parte deles dentro de dois campos de refugiados de Beirute que estavam sob o controle do Exército de Israel – episódios conhecidos como os massacres de Sabra e Shatila.
Em 1983, Sharon foi forçado a deixar o cargo por um tribunal israelense que investigava os massacres. A Justiça concluiu que o ministro foi indiretamente responsável pelas mortes.

Retorno à política

Apesar da renúncia, Sharon continuou popular entre a direita israelense, tendo participado de sucessivos governos.
Como ministro da Habitação, em 1990, foi um entusiasta da política de assentamentos judeus em territórios palestinos, tendo sido responsável pela maior construção de colônias e estradas na faixa de Gaza e na Cisjordânia desde que os territórios foram ocupados por Israel, em 1967.
Sharon foi ministro do Exterior do governo de Benjamin Netanyahu, em 1998, e em 1999 se tornou o líder do Likud.
Depois do fracasso das conversações entre Israel e a Autoridade Palestina, em Camp David (EUA), em 2000, Sharon tentou colocar a opinião pública contra o premiê Ehud Barak, dizendo que ele era um usurpador disposto a trocar Jerusalém por um acordo de paz.

Estopim da segunda intifada

Ainda em 2000, Sharon despertou a ira dos palestinos ao visitar o complexo religioso conhecido como Haram al-Sharif pelos muçulmanos em um dia sagrado islâmico. O episódio, visto como provocação pelos árabes, deu início à segunda intifada (revolta).
Em 2001, ele foi eleito primeiro-ministro com um discurso de "segurança e paz", afirmando que não iria "se dobrar" aos palestinos.
Foi de Sharon a ideia de construir um muro separando cidades e assentamentos judeus dos territórios palestinos. Ele ordenou a retirada de assentamentos judeus em Gaza, mas descartou outras remoções.
Em 2005, Sharon deixou o Likud e criou o partido Kadima, no qual esperava ser reeleito como premiê. O acidente vascular cerebral, no entanto, frustrou os planos de Sharon. (Com informações da BBC e de agências de notícias)  - uol notícias

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Calendário oficial

As demais datas, este ano, serão em fins de semana. A portaria não estabelece se nos dias dos jogos da Copa do Mundo, entre 12 de junho e 13 de julho, em 11 capitais e no Distrito Federal, os expedientes serão suspensos.
São feriados nacionais, em 2014, as seguintes datas:
1º de janeiro – Confraternização Universal (quarta-feira)
18 de abril – Paixão de Cristo (sexta-feira)
21 de abril – Tiradentes (segunda-feira)
1º de maio – Dia do Trabalho (quinta-feira)
7 de setembro – Dia da Independência (domingo)
12 de outubro – Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil (domingo)
2 de novembro – Dia de Finados (domingo)
15 de novembro – Proclamação da República (sábado)
25 de dezembro – Natal (quinta-feira)
São considerados pontos facultativos os dias:
3 de março – segunda-feira de carnaval
4 de março – terça-feira de carnaval
5 de março – Quarta-Feira de Cinzas (até as 14h)
19 de junho – Corpus Christi (quinta-feira)
28 de outubro – Dia do Servidor Público (terça-feira)
24 de dezembro – véspera da Natal (a partir das 14h)
31 de dezembro – véspera de Ano-Novo (a partir das 14h)
Além desses, as datas comemorativas de credos e religiões, de caráter local ou regional, podem ser respeitadas, mediante autorização da chefia imediata do trabalho do servidor, para posterior compensação. Caberão aos dirigentes dos órgãos e entidades a preservação e o funcionamento dos serviços essenciais afetos às respectivas áreas de competência.
FONTE:  Agência Brasil

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Energia BR - (Volta no tempo)

A história da primeira hidrelétrica do Brasil

Do colega comentarista e cineasta Josias Pires, a história da primeira hidrelétrica do Brasil e o empreendedorismo de Delmiro Gouveia.
Do blog Bahia na Rede
Queda do Angiquinho aproveitada por Delmiro Gouveia para fazer a primeira hidrelétrica do Brasil. Foto Danilo Pereira
Queda do Angiquinho aproveitada por Delmiro Gouveia para fazer a primeira hidrelétrica do Brasil. Foto Danilo Pereira
Por Josias Pires
A região circunvizinha à cidade de Paulo Afonso e da sua monumental cachoeira, cujas águas foram domadas pelo engenho humano e pela força das turbinas para a geração de energia elétrica, constitui-se território de características singulares. Ali desenrolaram-se acontecimentos protagonizados por personagens de alta relevância para a história brasileira, particularmente no século XX. Acontecimentos e personagens exemplares para a quadra atual em que vivemos.
No apêndice do livro “Quem foi Delmiro Gouveia” (Mauro Mota, Arquimedes Edições, 1967) foi republicada reportagem do jornalista e romancista sergipano Paulo Dantas, originalmente veiculada no jornal paulista O Tempo, em 4 de setembro de 1955, cujo título é “3 gigantes do Nordeste: Lampião, na valentia; Padre Cícero, na oração; e Delmiro no trabalho”, título tirado de um poeta popular delmirense, Antônio Rodrigues de Andrade, vulgo Mainha.“A síntese é maravilhosa. Através dela está expresso todo o inconsciente coletivo de um povo, de uma região. Delmiro Gouveia é cultuado como uma espécie de santo das máquinas, de profeta de realizações positivas”, comenta o jornalista.
Quase 60 anos depois é possível afirmar que no imaginário coletivo da região de Paulo Afonso tornou-se onipresente a figura de Lampião e a saga violenta e romanesca do bando de guerrilheiros, que soube enfrentar corajosamente o despotismo dos coronéis, especialistas em construir fortunas mandando matar desafetos. Aqueles governadores dos sertões cresceram tornando Lei as suas vontades pessoais.
Lampião, de fato, encarna o símbolo do bandido que se bateu contra este estado de coisas, contra o quadro de injustiças profundas que dominava o Nordeste. Bateu-se, igualmente, de modo violento e, muitas vezes, confundindo-se com a violência dos dominadores, como se espelho fosse do comportamento dominante.
Delmiro Gouveia é herói de outro quilate, é o “civilizador de terras, águas e gentes”, na definição do poeta pernambucano Mauro Mota. Delmiro é o gigante cearense, pioneiro e nacionalista, um dos primeiros a investir na industrialização do Brasil, responsável pela construção da primeira usina hidrelétrica do país – dentre outros feitos extraordinários – porém sobre a sua memória ainda paira inacreditável silêncio.
Enquanto sobre Lampião há centenas de livros publicados, milhares de reportagens veiculadas na imprensa e em meios audiovisuais, dezenas de filmes produzidos – inclusive uma película realizada em 1936 com a participação direta dos cangaceiros vivendo na caatinga – sobre Delmiro Gouveia a situação é bem diferente. São poucos os livros publicados, poucas as referencias em reportagens; da sua figura não há uma única imagem em movimento; e sobre a sua história apenas um filme foi realizado, “Coronel Delmiro Gouveia”, do cineasta baiano Geraldo Sarno, em 1977.
Delmiro Gouveia enfrentou em vida, com ousadia e intrepidez, a força do truste internacional que dominava o mercado de linhas de coser, levantou na caatinga alagoana, em meio a um deserto de terras áridas, a Fábrica da Pedra, construiu uma cidade e plantou uma nova mentalidade nas primeiras décadas do século XX. Apesar do gigantismo das suas ações, tendo sido o pioneiro na geração de energia elétrica de Paulo Afonso, sua atividade criadora passou em brancas nuvens quando da inauguração da CHESF (1954), pois nenhum dos oradores presentes ao ato citou, nos seus discursos, o nome do pioneiro.
A imperdoável omissão foi classificada, na época, pela filha de Delmiro Gouveia, Maria Gouveia, como resultado do “truste nacional do silêncio” que continuava atuante no sentido de tentar esconder do país e das novas gerações o papel revolucionário que Delmiro Gouveia exerceu nos sertões nordestinos. Um coronel que, em plena época do cangaço, jamais mandou matar um indivíduo.
Delmiro Gouveia era movido por larga visão social, fez fortuna vindo de baixo e revertendo para os mais pobres parcela considerável do que ganhava no comércio e na indústria. Isto pode ser comprovado na construção do Mercado do Derbi, em Recife, no final do século XIX, o primeiro shopping center do país, cujos produtos de primeira necessidade eram vendidos a preços abaixo do mercado. Assim como se viu na Fábrica da Pedra, onde implantou escolas para todas as faixas etárias e estimulava a formação e o crescimento pessoal de todos os que ali viveram.
Em janeiro de 2013 completaram-se 100 anos da implantação da primeira usina hidrelétrica do país, a usina de Angiquinho, no lado alagoano da cachoeira de Paulo Afonso. Em junho de 2014 fará um século a inauguração da Fábrica da Pedra, que disseminou para o país e para a América do Sul a marca da linha Estrela. 2017 completará um século do assassinato do pioneiro, colhido à bala aos 54 anos de idade, por pistoleiros à mando de seus inimigos, interrompendo a saga que deu início ao sonho de desenvolvimento para todo o Nordeste, que este era o projeto maior do Rei do Sertão.
Josias Pires é jornalista e documentarista

domingo, 5 de janeiro de 2014

Merece ficar registrado - Sobre a Ditadura Militar (BR)

http://arte.folha.uol.com.br/treinamento/2014/01/05/50-anos-golpe-64/

Escravidão de sul-americanas no Brasil (Atualidades)

 Atualizado em domingo, 5 de janeiro de 2014 - 09h35

SP: bolivianas fogem e denunciam trabalho escravo

Segundo a Polícia Militar, elas trabalhavam como costureiras sem receber salário
Bolivianas chegaram à delegacia após andarem por todo o dia / Edison Temoteo/Futura Press/FolhapressBolivianas chegaram à delegacia após andarem por todo o diaEdison Temoteo/Futura Press/Folhapress

 vítimas chegaram à delegacia do Sacomã após andarem por todo o dia. Segundo a Polícia Militar, elas trabalhavam como costureiras sem receber salário.

As duas foram encaminhadas a um abrigo da capital paulista. O caso será investigado pelos agentes.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Uma visão de outro ângulo sobre assuntos tais como Plano Marshall, Guerra Fria, Stalin, Acordos de Yalta e Potsdam, ...

Iósif Stalin na visão do primeiro diplomata em Moscou após a Revolução

Sugerido por A. Araujo
Iósif Stalin por George F. Kennan
George Kennan foi o mais influente diplomata americano no Seculo XX, que viveu integralmente, nasceu em 1904 e morreu em 2005. Kennan entrou no Departamento de Estado com 18 anos e preparou-se desde o primeiro dia para servir na Russia. Fez seus estudos de língua e cultura russa em Berlim e  em Riga até falar russo fluentemente , preparou-se para ser o primeiro diplomata americano a servir em Moscou quando as relações diplomáticas foram restabelecidas em 1929, 12 anos após a Revolução Soviética. Kennan escolheu o prédio para a embaixada, mobiliou, acertou tudo para a vinda do primeiro embaixador, William Bullit. Serviu em Moscou até 1938, se desentendeu com o sucessor de Bullit , Joseph Davies e depois de um interregno em Berlim, quando foi confinado pelos nazistas,  foi transferido para a Embaixada em Lisboa, onde negociou intensamente com Salazar para obter a base dos Açores, essencial para os EUA. De Lisboa voltou a Moscou em 1944, como Ministro-Conselheiro, o nº 2 da Embaixada onde ficou até abril de 1946. 
Em Washington já se delineava a Guerra Fria, Kennan enviou de Moscou um telegrama ao Secretario de Estado, de 47 páginas, conhecido como o LONGO TELEGRAMA, peça angular de toda a politica dos EUA nos 50 anos de relações com a URSS a partir do fim da Segunda Guerra. Por sugestão do Secretario da Marinha, James Forrestal, Kennan foi chamado a Washington para ministrar uma serie de conferências no National War College sobre o tema da URSS e de como os EUA deveriam tratar com esse inimigo inquietante.
Seu LONGO TELEGRAMA propunha a chamada "politica de contenção" que significava boas relações econômicas e culturais com a URSS, sem trata-la como inimiga a não ser que houvesse tentativa de expansão do poder soviético para países fora da orbita traçada nos acordos de Yalta e Potsdam. Nessa peça de conhecimento sobre a União Soviética, Kennan profetizou que as tensões internas, a ineficiência econômica e a luta pelo poder dentro do regime levariam a uma desintegração da URSS por volta de 1990.
O LONGO TELEGRAMA serviu de base à DOUTRINA TRUMAN. Em Março de 1947, com George Marshall como Secretario de Estado , Kennan foi encarregado de montar o POLCY PLANNING STAFF, o Grupo de Planejamento Politico do Departamento de Estado, que ele chefiou até dezembro de 1948. A partir dessa posição Kennan elaborou o que seria conhecido como PLANO MARSHALL e a constituição da European Recovery Commission para administra-lo, uma estrutura que até hoje se mantem com o nome de OECD-Organização Europeia de Cooperação e Desenvolvimento, um dos embriões da União Europeia.
Em dezembro de 1951 foi nomeado Embaixador na União Soviética, posição que deteve até setembro do ano seguinte, quando foi declarado "persona non grata" por Stalin e impedido de reentrar na URSS. Stalin tinha respeito e temia Kennan porque ele conhecia bem demais a URSS,  ele sabiamente preferia embaixadores ignorantes e que não conheciam os intestinos do regime, seus bastidores, articulações, realidades sociais e econômicas.
Na sua primeira estada, nos anos 30, Kennan viajou de trem incógnito pelo interior da União Soviética, por 40 dias, ninguém desconfiou que ele fosse um diplomata americano, falava russo perfeitamente. Falava também alemão, francês, tcheco, polonês, português, tinha essa facilidade porque viveu décadas no exterior e sua esposa era norueguesa. Kennan era um americano de cultura europeia sofisticada,
Kennan teve muitas brigas no Departamento de Estado, considerava a maioria dos burocratas do State completamente idiotas e desconhecedores de noções elementares de politica externa, tinha também enormes criticas à ignorância dos Congressistas americanos, suas memorias contam muitos episodios  relacionados a congressistas americanos no exterior e a profunda estupidez na sua visão de mundo, suas atitudes arrogantes, seu provincianismo e especialmente, a atitude de subordinar a politica externa aos arranjos eleitorais.
Em maio de 1961 o Presidente Kennedy nomeou-o Embaixador na Iugoslavia, promoveu reaproximação de Tito com o lado ocidental, contribuindo para seu desligamento do bloco soviético.
Abaixo uma primorosa descrição de Kennan sobre Stalin, que ele conhecia profundamente depois de tantos anos em Moscou.. A narrativa está no livro GOTHA DEI CENTO PERSONAGGI, Editoriale Nuova-Milão, 1977.
A tradução é livre , peço desculpas por qualquer falha.
"Era atarracado e de baixa estatura, sua farda gasta parecia sempre um pouco larga, contribuindo para fazer a figura tosca. O semblante áspero denotava uma força intensa, concentrada. Os dentes eram maltratados, o hálito pesado.  O conjunto, incluindo uma pele atacada pelos fulcros variculosos e os olhos apertados e amarelos dava a impressão de um tigre velho.
A sua postura, pelo menos nos encontros que tive com ele, era sempre serena e discreta.  Fazia tudo para não ser notado, falava pouco e baixo, cheia de compreensão dos argumentos do interlocutor.
Um visitante que desconhecesse quem era jamais perceberia a capacidade de calculo, de ambição, de perfídia, de crueldade, de potencial de vingança que se escondia naquela aparência tão modesta.
O transformismo de Stalin era um fator essencial na sua grandeza de estadista, alem de sua capacidade de se exprimir de maneira simples, clara e aparentemente inofensiva. Era um discípulo que aprendia muito rapidamente. Tinha incríveis dons de observador e de imitador. Quando mandava executar alguém com quem muito aprendeu, era uma prova de respeito à sabedoria de quem lhe ensinou.
Mas a sua maior característica era sua impressionante e diabólica habilidade no manejo da politica.
Não existe na Era Moderna um mestre de tal magnitude na sua arte magistral : o seu aspecto tranquilo, sereno, 
inocente desarmava as cautelas,  era sua grande e inquietante superioridade tática.
Soube por outros que tinha acessos de fúria com subalternos mas nunca os vi.
Mas durante minhas visitas não duvidava que estava frente a um dos homens mais poderosos da Terra, grandioso, especialmente pela sua malignidade,  um homem cruel, astuto, despudorado, infinitamente perigoso, verdadeiramente uma dos grandes personagens de nosso século".

                                      (jornalggn.com.br)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Iniciando 2014 - Atualidades (Demografia)

IBGE vai divulgar primeiros resultados da PNAD Contínua no dia 17 de janeiro

Do IBGE
O IBGE divulgará, em 17 de janeiro de 2014, os primeiros resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), implantada com o objetivo principal de produzir informações contínuas sobre a inserção da população no mercado de trabalho e de características tais como idade, sexo e nível de instrução, bem como permitir o estudo do desenvolvimento  socioeconômico do País através da produção de dados anuais sobre outras formas de trabalho, trabalho infantil, migração, entre outros.
A PNAD Contínua é parte do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares (SIPD), que se constitui em um modelo de produção de pesquisas amostrais domiciliares no qual o planejamento, a execução, a análise e a disseminação dos resultados das diversas pesquisas serão conduzidos de forma coordenada, facilitando o atendimento de novas demandas bem como otimizando os recursos a serem utilizados. Destaca-se, entre outros aspectos, que a amostra de cada uma das pesquisas desse sistema corresponderá a uma parte ou a integralidade de uma amostra mestra, e os conceitos e processos serão harmonizados.

Com a implantação desse sistema, o IBGE iniciou uma importante etapa no aprimoramento de seu sistema de pesquisas domiciliares, que propiciará maior eficácia diante de frequentes demandas por informações sobre as condições socioeconômicas e demográficas da população brasileira.

Cabe ressaltar que, com vistas à concepção, ao planejamento e a implantação do projeto de reformulação de suas pesquisas domiciliares, o IBGE tem mantido um canal de comunicação aberto com os usuários. Desde 2006, vêm sendo realizados seminários semestrais, intitulados Fóruns do SIPD, com o objetivo de propiciar aos usuários participação efetiva no desenvolvimento do projeto.

O SIPD conta atualmente com duas pesquisas: a PNAD Contínua, que foi a primeira pesquisa a iniciar a implantação (outubro de 2011), e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), cuja coleta das informações foi iniciada em agostodeste ano, e tem previsão de encerramento na segunda semana de dezembro, com divulgação dos primeiros resultados prevista para meados de 2014. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), a terceira pesquisa a ser implantada, tem coleta prevista para iniciar em 2014.

A PNAD Contínua substituirá a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), potencializando os resultados produzidos por ambas, agregando, em relação à primeira, a cobertura do território nacional, e em relação à segunda, a disponibilização de informações sobre trabalho com periodicidade de divulgação que permitirá a análise conjuntural do tema. A PNAD Contínua propicia, mesmo em relação à PNAD anual, uma cobertura territorial mais abrangente. A coleta da PNAD Contínua vem sendo realizada trimestralmente em cerca de 3.500 municípios, enquanto a PNAD visita, a cada ano, 1.100. Os mapas, a seguir, ilustram esse aspecto....
Principais características da PNAD Contínua

Amostra:
A pesquisa é realizada através de uma amostra de domicílios, de forma a garantir a representatividade de resultados para os seguintes níveis geográficos:
-Brasil;
-Grandes Regiões;
-Unidades da Federação;
-Regiões Metropolitanas que incluem os municípios das capitais.

A cada trimestre, a PNAD Contínua investiga 211.344 domicílios em aproximadamente 16.000 setores censitários, distribuídos em cerca de 3.500
municípios.
Periodicidade de divulgação:

Em relação à periodicidade de divulgação, serão disseminados:
Trimestralmente – Indicadores conjunturais de mercado de trabalho.

Anualmente – Temas estruturais, tais como educação, migração e trabalho infantil.
Além disso, temas suplementares poderão ser investigados e divulgados com outra periodicidade.
O IBGE está estudando alternativas para produção de indicadores de divulgação mensal de mercado de trabalho para o nível Brasil.
Rotação da Amostra:
Cada domicílio selecionado para a pesquisa é visitado por cinco vezes, durante cinco trimestres consecutivos. Assim, um domicílio é visitado pela segunda vez três meses após a primeira visita, pela terceira vez três meses após a segunda visita, e assim por diante. Isso equivale a dizer que a pesquisa segue um esquema de rotação intitulado 1-2(5) onde, de um trimestre para o próximo, há uma sobreposição de 80% dos domicílios e de um trimestre para o mesmo trimestre do ano seguinte, de 20%.

Cronograma de Divulgação:
A meta é, ao longo de 2014, consolidar a rotina de trabalho trimestral que envolve coleta, transmissão, apuração de informações e preparação de divulgação dos resultados conjunturais sobre mercado de trabalho, para todos os recortes espaciais propiciados pela pesquisa.
Assim, os primeiros resultados da PNAD Contínua serão dados trimestrais relativos ao tema trabalho para Brasil e Grandes Regiões, para os quatro trimestres de 2012 e os dois primeiros trimestres de 2013. Vale destacar o ineditismo dessas informações, uma vez que informações sobre trabalho para esses níveis geográficos são conhecidas apenas anualmente (PNADs) ou decenalmente (Censos).
Até o final de 2014, esse processo de produção será estabilizado e, em dezembro, serão divulgadas as informações para os demais níveis geográficos. A partir dessa data serão disponibilizados os microdados.O cronograma, a seguir, foi construído buscando atingir, inicialmente para Brasil e Grandes Regiões, de forma gradativa, a regularidade na divulgação. Isso ocorrerá a partir da publicação dos dados do terceiro trimestre de 2014, prevista para acontecer aproximadamente 30 dias após a finalização dos trabalhos de coleta das informações de cada trimestre.
A partir de 2015, essa defasagem de aproximadamente um mês entre o final do trimestre de referência da coleta e a data de divulgação será cumprida para todo o detalhamento geográfico para o qual a pesquisa foi desenhada.


Indicadores Básicos:
Com vistas às primeiras divulgações, será priorizado um conjunto de indicadores básicos relativos à análise do mercado de trabalho, envolvendo, entre outros, os indicadores abaixo:
PESSOAS EM IDADE DE TRABALHAR
CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO NA SEMANA DE REFERÊNCIA
FORÇA DE TRABALHO NA SEMANA DE REFERÊNCIA
CATEGORIA DO EMPREGO DO TRABALHO PRINCIPAL
POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO DO TRABALHO PRINCIPAL
TAXA DE ATIVIDADE
TAXA DE DESOCUPAÇÃO
NÍVEL DA OCUPAÇÃO
NÍVEL DA DESOCUPAÇÃO
Alguns indicadores serão apresentados desagregados por: sexo, grupos de idade e nível de instrução.

Observação Importante
A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) continuará sendo realizada até dezembro de 2014.
A realização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) em 2014 está sob avaliação.
Diretoria de Pesquisas
9 de dezembro de 2013
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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD, População)

É uma pesquisa por amostra probabilística de domicílios, de abrangência nacional, planejada para atender a diversos propósitos. Visa produzir informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do País e permitir a investigação contínua de indicadores sobre trabalho e rendimento. A PNAD Contínua segue um esquema de rotação de domicílios. Isso significa que cada domicílio selecionado será entrevistado cinco vezes, uma vez a cada trimestre, durante cinco trimestres consecutivos.

    Principais Indicadores que serão produzidos com base na PNAD Contínua:

    • População residente segundo o sexo e os grupos de idade
    • Taxa de desocupação
    • Taxa de atividade
    • Nível da ocupação
    • Taxa de analfabetismo segundo os grupos de idade e o sexo
    • Pessoas de 14 anos ou mais segundo a condição de ocupação
    • Pessoas ocupadas na semana de referência segundo o sexo e os grupos de anos de estudo
    • População residente segundo a naturalidade em relação à Unidade da Federação e ao município de residência
    • Rendimento médio mensal per capita dos domicílios

Indicadores conjunturais (2014):

    Divulgação: 17/01/2014 (Referência: 1° Trimestre 2012 ao 2° Trimestre 2013)
    Divulgação: 28/03/2014 (Referência: 3° e 4° Trimestres 2013)
    Divulgação: 27/05/2014 (Referência: 1° Trimestre)
    Divulgação: 22/08/2014 (Referência: 2° Trimestre)
    Divulgação: 06/11/2014 (Referência: 3° Trimestre)
    Divulgação: 18/12/2014 (Referência: Resultados completos - 1° Trimestre 2012 ao 3° Trimestre 2014)
    Divulgação: 05/02/2015 (Referência: 4° Trimestre)
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