domingo, 14 de outubro de 2012

Texto: Presentes recíprocos

Cristovam Buarque  -  Domingo, 14 de Outubro de 2012 22h11
                            (Cristovam Buarque é senador pelo PDT de Brasília, ex-ministro da Educação e ex-reitor da Universidade de Brasíli)


Os historiadores terão dificuldades para explicar como foi possível a sociedade brasileira desprezar tanto suas crianças.

Como foi possível a sexta economia do mundo não ser capaz de cuidar decente e competentemente de suas crianças, deixando milhões delas fora da pré-escola, sabendo que centenas de milhares de mães são obrigadas a deixar seus filhos na primeira infância sob os cuidados de outros filhos, às vezes com 10 anos de idade, retirados da escola para este trabalho.

Por que esta rica sociedade ainda tem fora da escola 3,5 milhões dos seus 50 milhões em idade escolar? E aqueles matriculados que, em sua grande maioria não frequentam, não assistem, não permanecem na escola e não aprendem?

Por que apenas 40% terminam o ensino médio, e em cursos sem qualificação? Como foi possível tratar tão desigual a infância conforme a renda dos pais?

E como explicar, que em pleno século XXI, centenas de milhares de meninos e meninas fiquem nas ruas do Brasil e cerca de 100 mil submetidos à exploração sexual?

E como será possível explicar daqui a 20 anos, que nos últimos 20, pelo menos 10 mil crianças tenham sido assassinadas, uma média de 14 por dia?

Os historiadores ficarão perplexos quando descobrirem que esse quadro persiste, apesar de o Brasil comemorar o Dia da Criança, em 12 de outubro, desde 1924.

Alguns historiadores dirão que o maltrato e o abandono são lendas criadas sobre o passado.

Outros darão explicações culturais: o imaginário egoísta e imprevidente da população brasileira, com alta preferência sobre o consumo material no presente, um povo que não respeita a atividade intelectual nem considera riqueza o acúmulo de conhecimento.

Outros se limitarão a dizer que a sociedade dividida por uma histórica apartação social cuidava dos poucos filhos da minoria rica, deixando de lado as massas de crianças, filhas de pobres.

Os historiadores terão dificuldades em explicar a indecência do abandono e estupidez, o sacrifício do maior potencial que uma sociedade dispõe: seu futuro, sob a forma de sua infância.

Mas uma coisa os historiadores terão de reconhecer: o quadro de violência, ineficiência, corrupção, desigualdade e atraso civilizatório em 2012 decorrem da forma como foram tratadas as crianças de antes.

O Brasil de hoje é o país construído pelas crianças de ontem; e o Brasil de amanhã tem a cara da maneira como tratamos nossas crianças de hoje.

Se quisermos um bom futuro para o Brasil, é preciso cuidar das crianças do presente, de uma maneira diferente daquela do passado. Como diz a ex-senadora Heloisa Helena: “O Brasil precisa adotar uma geração de suas crianças, do pré-natal ao final do ensino médio de qualidade para todos”.

Essas crianças adotadas hoje adotarão o Brasil amanhã. O futuro do Brasil seria os cuidados delas para com o país, uma retribuição espontânea do que receberam no passado.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A questão hidrelétrica no Brasil

Um país que precisa de mais energia elétrica para crescer pode abrir mão da água como sua principal fonte de geração? (por Fabiane StefanoFonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL)

Em 22 de agosto de 1889, a água do rio Paraibuna girou pela primeira vez uma das duas turbinas importadas dos Estados Unidos compradas para a usina de Marmelos, na cidade mineira de Juiz de Fora. Naquele dia, eram gerados os primeiros watts-hora (Wh) de energia hidrelétrica da América Latina. A usina foi construída pelo industrial mineiro Bernardo Mascarenhas, que, ao visitar a Exposição Universal de 1878, em Paris, decidiu construir uma tecelagem que seria abastecida com energia de origem hidráulica. Meses depois de inaugurada, a primeira hidrelétrica brasileira passou a fornecer eletricidade para manter acesas 180 lâmpadas da iluminação pública de Juiz de Fora, antes alimentada a gás.

Dos primeiros 250 quilowatts de potência na usina Marmelos aos atuais 84.736 megawatts (MW) de capacidade hidrelétrica instalada no Brasil passaram-se mais de 120 anos e, apesar dos avanços tecnológicos e do tamanho das novas usinas, gerar eletricidade da água continua sendo basicamente igual: a força contida na correnteza dos rios movimenta uma turbina acoplada a um gerador, que transforma energia mecânica em elétrica.

Mas nunca na história deste país as hidrelétricas causaram tanta polêmica como agora. O centro da atual discussão é a construção da usina de Belo Monte, no Pará, a ser erguida às margens do rio Xingu. A obra, cujo preço é estimado em 32 bilhões de reais, deverá ser a terceira maior hidrelétrica do mundo – atrás apenas das de Três Gargantas, na China, e Itaipu, no Brasil – e criou dois times que lutam em campos opostos. No grupo dos especialistas, dos analistas econômicos e do próprio governo, apenas grandes hidrelétricas serão capazes de fornecer energia limpa e barata em escala suficiente para satisfazer a demanda crescente por luz elétrica no país. No time dos ecologistas e dos ativistas sociais, os ganhos são bem menores em comparação ao rastro de destruição que elas deixam para o meio ambiente, para as populações indígenas e para as comunidades ribeirinhas. Entre os dois pontos de vista, há um fato e um dilema: o Brasil é o país com o maior potencial hidrelétrico do mundo, com mais de 260 mil megawatts já catalogados. Apenas um terço disso é explorado. A riqueza dos rios brasileiros para geração de eletricidade é uma bênção da natureza ou uma maldição, que nos acompanhará por todo o século 21?

Poucos países no mundo desfrutam de um sistema hídrico tão generoso quanto o nosso. Os livros escolares apontam que 55.455 quilômetros quadrados (do total de 8.514.876 quilômetros quadrados que compõem a área do território brasileiro) estão cobertos por água, distribuídos em rios, lagos e riachos. É a abundância de rios e quedas-d’água que produz o enorme potencial de energia hidráulica. Hoje, estão em operação mais de 180 grandes usinas, responsáveis por quase 70% da produção nacional de energia elétrica. Isso também faz do país o segundo maior produtor de energia hidrelétrica no mundo, com 12% da geração mundial, perdendo apenas da China. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, outros 73 projetos hidrelétricos estão em construção, incluindo as pequenas centrais. E mais 24 estão programados até 2020. A lista de projetos deve atender à crescente demanda. Estima-se que até aquele ano o consumo no Brasil deva atingir 730 mil gigawatts-hora (GWh) – 52% a mais do que consumimos em 2011.

A imensa necessidade de energia é explicada pela expectativa de fortalecimento da economia brasileira. Nos últimos cinco anos, o país cresceu em média 4% ao ano, o que nos posicionou como a sexta maior economia do planeta. Um dos aspectos mais visíveis desse bom momento foi a ascensão de mais de 30 milhões de brasileiros à chamada nova classe média. Os consumidores emergentes não hesitam em comprar televisores, geladeiras, freezers, computadores, celulares e toda a sorte de eletrodomésticos – e, com isso, aumentam o consumo de luz.

Até 2020, o Brasil terá de ampliar a capacidade de geração dos atuais 115 mil megawatts para 171 mil megawatts. Para cumprir essa meta, o governo federal aposta na expansão de diferentes matrizes de produção. A geração de energia nuclear, que, no passado, era o alvo preferencial dos ecologistas, deverá crescer 70% com a entrada em operação da usina Angra 3, prevista para 2016. Os investimentos também serão generosos na promissora alternativa eólica. Mas, mesmo com essa diversificação e o aumento de capacidade de outras fontes, mais da metade da expansão energética se dará por meio das grandes hidrelétricas. Serão acrescidos ao sistema mais 30 mil megawatts – potência suficiente para abastecer as regiões Norte e Nordeste juntas. Para pânico dos ambientalistas, quase toda a nova capacidade instalada deverá ocorrer na região amazônica.



segunda-feira, 11 de junho de 2012

domingo, 10 de junho de 2012

Atualidades

DE VOLTA AO RIO – A conferência mundial com representantes de 193 países volta a discutir a sobrevivência da população e do planeta ( adaptado do GE Atualidades).

Em 1992, 178 países reuniram-se no Rio de Janeiro para a Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento – a Eco 92 (Rio-92). Trataram do aquecimento global e da preservação dos ecossistemas e hábitats. Criou a Agenda 21, um plano com estratégias globais, nacionais e locais para promover o desenvolvimento sustentável.

Em junho 2012, a Conferência Rio + 20 deve ter 193 países e como objetivo analisar os progressos desde 1992.

Alunos CEM - 7º Ano - Agricultura Moderna

Acessem o link e verifique como conciliar produtividade e sustentabilidade no campo.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Muro fronteiriço Estados Unidos-México

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
§         Muro nas dunas de Algodones, Califórnia.

3000 cruzes junto ao muro recordam os imigrantes falecidos. Tijuana, México, 2005




Muro fronteiriço emNogales (Arizona eSonora).


domingo, 26 de fevereiro de 2012

8º Ano - CEM - Capítulo 2: Antártida

Leia sobre a base Comandante Ferraz (Brasil).

E sobre a temperatura e o derretimento das geleiras na Antártida .

9º Ano - CEM - Capítulo 2: Europa

Leia as informações e observe as imagens.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

7º Ano - CEM - Atividades de Escala

1. A distância no mapa entre duas cidades é de 4 cm e a escala é de um centímetro no mapa corresponder a 400 km no terreno. Calcule a distância em linha reta entre as duaas cidades.

2. Se a distancia entre duas cidades no mapa é de 5 cm e a distância em linha reta entre as duas cidades é de 2500 km, qual é a escala gráfica desse mapa?

sábado, 18 de fevereiro de 2012

8º Ano - CEM - Capítulo 2: Continentes e paisagens naturais

 Entenda a formação dos continentes, choque de placas,, separação de placas, atividades sísmicas e falha transformante.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

8º Ano - CEM - Unidade I Como regionalizar o espaço mundial / Capítulo 1: O mundo atual: unidade e diversidade

Regionalizar (dividir em regiões ) para melhor estudar.
Utilizar critérios do ponto de vista da natureza ou de características da sociedade para melhor compreender o mundo atual.

Estado é a organização política administrativa. Por uma necessidade conjuntural foi criado. Para existir um Estado há necessidade de um governo, um povo, um território, ter autonomia e soberania.

Verificando o que aprendemos:
a) O que significa “regionalizar o mundo?”
b) Quais os critérios mais utilizados para estudar o mundo em que vivemos?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

7º ano - CEM - Exercícios

Atividades



1. O que significa afirmar que as fronteiras dos países não são eternas?



2. Qual o nome do tratado que incorporou o Acre ao território brasileiro?



3. Há quanto tempo os brasileiros do Acre adquiriram o direito de se autodenominar acrianos?



2ª série - CEM - Capítulo 1 Problemas demográficos: fome, obsedidade, migrações e preconceito

Mundo globalizado: consequências positivas e negativa.

Xenofobia - Aversão a estrangeiros.

Continente europeu - Migrantes discriminados

Exercícios

Questões:
1.  O que é xenofobia?
2. O que o autor quis dizer com sua frase final: “Quanto aos bárbaros, não precisamos esperá-los nos portões. Eles sempre já estão entre nós”?

domingo, 5 de fevereiro de 2012

3ª Série - CEM -Capítulo 1 – Dinâmica demográfica e desenvolvimento humano

Conceitos:

População absoluta, população relativa

Saldo migratório, crescimento vegetativo

Taxa de mortalidade, taxa de natalidade

Transição demográfica

1ª Série - CEM - Capítulo 1: Por que estudar Geografia?

Exercício


 Dê alguns exemplos da importância da Geografia para a política externa (relações internacionais), para os negócios, para a guerra e para a política interna ou doméstica (planejamento regional ou urbano, uso da terra, etc.)

Para praticar

O diplomata representa seu país em outras partes do mundo. Pode chegar a cônsul ou diplomata. Para ingressar nessa carreira uma das provas é a de geografia.

Por que o candidato aqui no Brasil deve mostrar seus conhecimentos sobre o Brasil e o mundo?

Trabalho individual

Pesquise sobre essa profissão procurando saber: características e tarefas principais do Diplomata, salário inicial e depois de adquirir bastante experiência, as dificuldades da profissão, as vantagens da profissão, os locais de trabalho, outras informações que julgar interessantes.

Para aprimorar

A GEOGRAFIA – ISSO SERVE, EM PRIMEIRO LUGAR, PARA FAZER A GUERRA.

Yves Lacoste

            Muitos ainda pensam que a geografia não passa de uma disciplina descritiva, que fornece descrições “neutras” ou desinteressadas” sobre o mundo: o clima do sul da Ásia, o relevo da Europa, os fusos horários da Rússia, etc. Contudo, a despeito das aparências, a geografia não é um saber sem utilidade (...) Na verdade, ela é útil para a vida prática e interessa bastante a todos os cidadãos. Pois a geografia serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Isso não significa que ela só sirva para conduzir operações militares. Ela serve também para organizar territórios, para o exercício do poder ( do Estado, por exemplo) sobre um espaço, para que as pessoas aprendam a se organizar no espaço para nele atuar.



a) O que o autor quis dizer com a frase “A Geografia serve em primeiro lugar para fazer a guerra”?Exemplifique.



b) Procure explicar com suas próprias palavras,  a seguinte ideia “A Geografia serve para que as pessoas aprendam a se organizar no espaço para nele atuar”? 


9º ano - Países do Norte (Millenium)

Conceito: Países do Norte (ricos, desenvolvidos, centrais)

Divisão socioeconômica em mapa - entender a linha sinuosa

Critérios para agrupamento de países

Por que países do Norte e países do Sul?  Conotação neutra

Questionamento:

“Qualquer divisão da realidade mundial é apenas parcialmente verdadeira, pois existem cerca de duas centenas de Estados-nações no mundo, cada um com seus traços naturais, sociais e econômicos.”
Concorda com a afirmação? Justifique.

Verificando o que aprendemos
 1.A linha do equador não é a linha divisória entre o Norte desenvolvido e o Sul subdesenvolvido. Explique o traçado da linha imaginária que separa dois “mundos” com níveis de desenvolvimento diferentes.
 2. Os países do Sul, apesar de reunirem a maior parte da população da Terra, participam da economia mundial com uma parcela relativamente pequena. Que dados dos gráficos anteriores justificam essa afirmação?
 3. A regionalização do espaço mundial em Norte e Sul apresenta problemas ou dúvidas para agrupar os países. Explique por que podemos fazer essa afirmação.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

7º Ano - CEM - Unidade I - Brasil: território, sociedade, economia e comércio exterior


O Brasil é o quinto maior país em área do mundo, só perde para Rússia, Canadá, China e Estados Unidos.

Um mapa contém textos, desenhos e símbolos.

Um mapa eurocêntrico tem a Europa no centro, na parte superior fazendo com que o continente pareça maior do que  é na realidade. A Europa detinha importância nos séculos XV e XVI.

Mas o Brasil também pode ser colocado no centro de um mapa ganhando  destaque maior. É  uma questão de escolha do cartógrafo.


O Brasil só não faz fronteira com o Equador e o Chile.

E a distância entre os extremos Norte/Sul é quase igual a distância Leste/Oeste.

Exercícios

1.Por que é mais comum, nos mapas-múndi, encontrar a Europa representada no centro?

2.A grande extensão do território é uma das marcas características do nosso país. Sobre esse  assunto:
a) Cite o nome dos países que possuem territórios nacionais maiores que o Brasil.

b) Localize esses países em um mapa-múndi e escreva o nome do continente a que pertence cada um deles.
3. Responda:
a) Nome do estado brasileiro que faz fronteira com o Peru e a Bolívia.
b) Nome do país que faz fronteira com o sul do Rio Grande do Sul.
   
c) Nome do país que faz fronteira com o noroeste do Amazonas.
 
 
 1ºTrabalho (Apresentação de 13 a 17/02) - Em equipe de 5 alunos
 Escolha um país que faz fronteira com o Brasil e pesquise:   moeda, religião,                     atividades econômicas, festas típicas, danças e instrumentos e  arte popular.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

6º Ano - CEM - Unidade I - Paisagem, espaço e representação

Capítulo 1 – As paisagens do mundo

Conceito de paisagem: tudo que nossa vista alcança.

Elementos da paisagem: 
Natural – vegetação, solo, montanhas, rios, lagos, oceanos, seres vivos (produzido pela natureza)
Cultural – edifícios, ruas, roupas, utensílios domésticos, veículos, aparelhos eletrônicos, idiomas, etc.(criações humanas)

O que é natureza? Todo o Universo (estrelas, planetas e galáxias).
O que é meio ambiente?  é a natureza que o ser humano se relaciona mais diretamente, isto é, aquela que nos rodeia. Trata-se da existente na superfície terrestre: ar, águas, solo, rochas, fauna, flora, etc., sem a qual não existiríamos.

Minerais – Elementos naturais inorgânicos, de composição química definida, presentes na crosta terrestre.

Verificando o que aprendemos

1.Qual a diferença entre natureza e meio ambiente?
2. Dê alguns exemplos que expliquem por que quase tudo que utilizamos vem da natureza.