domingo, 15 de agosto de 2010

POPULAÇÃO - OLIMPÍADA DA GEOGRAFIA

AS PRINCIPAIS TEORIAS POPULACIONAIS

• Malthusianismo – para Thomas Malthus (século XVIII), problemas sociais como a fome teriam como causa o desequilíbrio entre o crescimento populacional e a produção de recursos. Segundo essa teoria a população cresceria em PG, enquanto a produção de alimentos cresceria em PA. Malthus chegou a defender medidas como a “abstinência sexual” para evitar o crescimento populacional.
• Neomalthusianismo – as idéias de Malthus tiveram grande influência e seus estudos foram retomados em meados do século XX, através do neomalthusianismo, quando se constatou um acelerado crescimento populacional nos países subdesenvolvidos, o que foi considerado principal causa dos problemas sociais. A explosão demográfica (exagerado crescimento da população) seria um entrave para o desenvolvimento social e econômico, sendo responsável pela miséria, desemprego, fome e degradação ambiental. O neomalthusianismo inspirou a criação de métodos radicais de controle da natalidade nos países pobres.
• Crítica – formularam-se muitas críticas às teorias malthusianas e neomalthusianas. Sabe-se hoje que os investimentos em saúde, alimentação e educação fazem com que os índices de crescimento da população diminuam e se estabilizem, gerando melhora na qualidade de vida. Na verdade, as desigualdades sociais geram a pobreza e a ignorância que, por sua vez, estimulam o acelerado crescimento demográfico. Portanto, a principal medida não deveria ser o controle radical da natalidade, mas sim o combate à pobreza.

A ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO

Denominamos estrutura etária à distribuição da população por faixas de idades. São classificados como jovens aqueles entre 0 e 19 anos; os adultos estão entre 20 e 59 anos e os idosos são a pareceria da população acima dos 60 anos de idade.

Em países desenvolvidos, como a França, por exemplo, a taxa de natalidade é baixa e as pessoas vivem mais, isto é, a expectativa de vida é maior. Neles, o percentual de jovens é bastante inferior ao de adultos e os idosos representam um percentual razoável de população, estando quase na mesma proporção que os jovens. Em alguns países desenvolvidos, ocorre o problema do envelhecimento populacional. Geralmente os gastos do governo com aposentadorias tendem a crescer e o valor das contribuições financeiras dos adultos também.

Já nos países subdesenvolvidos mais pobres, como os africanos, devido às maiores taxas de natalidade, a participação dos jovens é maior, enquanto os idosos estão em menor proporção, devido à menor expectativa de vida.

Características da pirâmide dos países desenvolvidos:
• a base estreita indica menor número de jovens, devido à baixa taxa de natalidade ebaixo crescimento populacional;
• predominância de adultos;
• grande percentual de idosos, devido à elevada expectativa de vida;

Características da pirâmide dos países subdesenvolvidos;
• a base larga indica a predominância de jovens, devido à elevada taxa de natalidade e ao elevado crescimento populacional;
• o percentual de adultos é inferior ao de jovens;
• o pequeno percentual de idosos indica baixa expectativa de vida.

A pirâmide etária brasileira deixou de assemelhar-se à dos países subdesenvolvidos mais pobres, caminhando no sentido de assemelhar-se à dos países desenvolvidos, isso porque houve uma queda na taxa de natalidade e a proporção de crianças e adolescentes foi ultrapassada pela de adultos, que já representam mais de 50% dos habitantes do país. Os idosos brasileiros também estão vivendo mais, compondo cerca de 10% da população. A tendência para o século XXI é de uma redução cada vez maior na proporção de jovens, aumentando o percentual de adultos e idosos.

A PEA distribui-se pelos diferentes setores da atividade econômica, sendo que a predominância de um ou outro permite caracterizar o nível de desenvolvimento do país.
• Primário – atividades realizadas em áreas rurais: agricultura, pecuária, silvicultura (reflorestamento com finalidade comercial).
• Secundário – atividades realizadas principalmente em áreas urbanas: indústrias dos mais diversos tipos.
• Terciário – atividades tipicamente urbanas: comércio, prestação de serviços, administração pública e privada, atividades sociais, transportes, comunicações, entre outras atividades.

Nos países subdesenvolvidos mais pobres do mundo, a maior parte da população ainda trabalha no setor primário. Na Tanzânia (leste da África), por exemplo, 48% da economia é dependente da agropecuária. Na China e na Índia, os países mais populosos do mundo, mais de 60% da população é rural, apesar da acelerada industrialização e urbanização verificada em ambos; a maior parte da agropecuária não está modernizada e necessita de grande quantidade de trabalhadores.

O Brasil apresenta baixos níveis salariais e salário mínimo entre os menores da América Latina. A participação dos salários no PIB é de apenas 37%. Cerca de 24% das pessoas ocupadas ganham até um salário mínimo. Apenas 1,6% ganha acima de 20 salários mínimos.

A precarização das condições de trabalho a partir da década de 1990, com o aumento do trabalho informal (a maior parte dos trabalhadores não possui carteira de trabalho assinada) e flexibilização da legislação trabalhista (perda de direitos dos trabalhadores e disseminação das contrações temporárias).

Observa-se o crescimento do subemprego nas áreas urbanas, a exemplo do grande número de camelôs, flanelinhas e perueiros.

Outro problema grave é a ocorrência de trabalho semiescravo na zona rural. Geralmente ocorre a escravidão por dívidas e as regiões de maior incidência são o Centro-Oeste e a Amazônia, especialmente o sul do Pará.

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