domingo, 15 de agosto de 2010

TRABALHO ESCRAVO. É HORA DE ABOLIR! - OLIMPÍADA DA GEOGRAFIA

É um grande absurdo ainda convivermos com o trabalho escravo, que é desumano e fere a Constituição, porque é um trabalho degradante e que cerceia a liberdade. Vale salientar que a antiga escravidão tinha como peculiaridade a relevância das diferenças étnicas. Atualmente o indivíduo, a despeito de cor ou raça, pode se tornar escravo, levando-se em conta somente o seu nível econômico.
A escravidão não se configuraria sem a relação de submissão empregado/empregador. Sendo o escravismo a prática social em que um ser humano tem direitos de propriedade sobre o outro – condição imposta por meio da força -, não era crime nenhum na época do colonialismo, a prática de violência, coerção física, punições exemplares e assassinatos com algo que era tido como uma mercadoria, um bem. A cultura do europeu, seu modelo de civilização, seu ideário também foram importantes para que o escravo fosse considerado inferior, o que durante muito tempo justificou a escravidão de africanos e indígenas. Ainda hoje a relação de dependência e submissão existe para que a vontade do poder em vigor seja assegurada, e as formas de preservar a ordem no trabalho escravo ainda são as mesmas praticadas há séculos.
Hoje persistem situações que mantêm o trabalhador sem possibilidades de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para realizarem derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agropecuárias e extrativas, contratam mão-de-obra utilizando os famigerados gatos. O Tocantins e a região Nordeste, tendo à frente os estados do Maranhão e do Piauí, são fornecedores de trabalhadores, enquanto o destino principal é a região de expansão agrícola, onde a floresta amazônica tomba diariamente para dar lugar a pastos e plantações. Os estados do Pará e Mato Grosso são os campeões em resgates de trabalhadores, entretanto há trabalho escravo em todas as regiões do Brasil, até mesmo em São Paulo.
As fazendas estão distantes de comércios e acabam contraindo dívidas nos barracões do fazendeiro. Se o trabalhador pensar em ir embora, será impedido sob a alegação de que está endividado e de que não poderá sair enquanto não pagar o que deve. Se reclamarem podem ser surrados ou até perder a vida.Este é o escravo contempirâneo.

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