domingo, 14 de fevereiro de 2010

EURO - 9º ANO

O euro, a nova moeda européia

Em primeiro de janeiro de 2002 ocorreu a verdadeira estréia do euro, a moeda unificada da União Europeia. Ele já existia como referência para os preços, mas nessa data virou uma moeda (dinheiro) de verdade, ou seja, começaram a circular as notas (de papel) e as moedas (de metal) do euro, que gradativamente começa a substituir as moedas nacionais( isto é, o marco alemão, o franco francês, a lira italiana, etc.) dos países que adotaram a nova moeda. Dos quinze membros existentes então na União Européia, três ficaram de fora da chamada “zona do euro”, isto é, não adotaram a nova moeda na ocasião: Reino Unido, Dinamarca e Suécia. Isso significa que o euro está sendo implantado em doze Estados-Nações: Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Bélgica, Países Baixos (Holanda), Luxemburgo, Irlanda, Finlândia,Grécia e Áustria – ele deverá substituir totalmente as moedas nacionais em prazos que variam de 6 meses a 2 anos, conforme o país.

Mas os Estados membros da União Europeia que ficaram de fora da “zona do euro” tendem a ingressar nela mais cedo ou mais tarde, pois vão realizar plebiscito (isto é, votações nas quais a população opta entre o sim e o não) nos próximos anos para decidir se e quando vão adotar a nova moeda.

Em janeiro de 2002, o valor do dólar em relação ao euro era de 1,25 (um dólar vale 1,25 euro). Mas a expectativa dos europeus é de que o euro se valorize perante o dólar nos próximos anos, embora isso vá depender do desempenho econômico dos países da União Europeia. Se a economia européia se recuperar e voltar a crescer em bom ritmo, certamente a sua moeda – o euro – ficará fortalecida. Mas, se ocorrer o contrário, se a economia européia ficar estagnada e a norte-americana voltar a crescer em ritmo intenso, então o oposto é que deverá acontecer, ou seja, o dólar vai se valorizar ainda mais.

As taxas de conversão das moedas nacionais para o euro variaram muito de um país para outro, em função do valor das suas antigas moedas nacionais: na Alemanha, por exemplo, que tinha uma moeda nacional (marco) extremamente valorizada, essa taxa foi de 1,955 ( um euro por 1,955 marcos), na França essa taxa foi de 6,55, na Espanha de 166,38 e na Itália de 1 936,27.

A criação do euro tem um significado especial neste início de século. Ele deverá competir com o dólar norte-americano e se tornar uma das duas divisas ou moedas fortes do mundo, aquelas que são aceitas por todos os países nas relações comerciais e constituem “reservas de valor”, isto é, moedas nas quais os governos confiam e que possuem – ou desejam possuir – em certa quantidade para saldar as suas dívidas ou os seus compromissos financeiros internacionais. O Banco Central da China, por exemplo, que possui uma das maiores reservas internacionais de divisas (US$ 205 bilhões), já manifestou a sua disposição de diversificar os seus ativos favorecendo o euro. Também outros países asiáticos importantes economicamente – o Japão, a Coréia do Sul e Taiwan – já manifestaram intenções semelhantes, ou seja, de comprar grandes quantidades de euro para diversificar as suas reservas de divisas. No Leste europeu, o euro já possui um forte poder de atração principalmente nos países que batem à porta da União Europeia (isto é, que pleiteiam ingressar nessa organização). Os seus respectivos bancos centrais deverão adquirir euros para constituir ou ampliar as suas reservas.

( Real Junior, Euro teve estreia bem sucedida)

Nenhum comentário:

Postar um comentário